Sobre
Mundo em Reboliço (MR) é uma associação cultural, fundada em 2011, pela coreógrafa Filipa Francisco, atual diretora artística.
Uma estrutura de investigação, experimentação, formação, criação e circulação, que trabalha na área da dança e cruzamentos, com diferentes comunidades, em estreita colaboração e co-criação.
Visa o desenvolvimento de projetos artísticos em ligação direta com os territórios e proporcionando o encontro entre profissionais e não profissionais, a partilha intergeracional, entre pessoas de diferentes culturas e meios socioculturais. Num trabalho de proximidade: ligando urbano e rural, tradicional e contemporâneo, com um enfoque no envolvimento das populações, através de propostas de arte participativa.
Em todos os seus projetos, desenvolve ações paralelas de mediação, formação e capacitação, que promovem a cidadania ativa, a integração e a inclusão: workshops, conversas, ensaios abertos, exibição de vídeos-documentários que revelam e aproximam e incitam a reflexão sobre os processos criativos.
Filipa Francisco
Coreógrafa e performer. Estudou dança, teatro, improvisação e dramaturgia na Escola Superior de Dança, na Companhia de Dança Trisha Brown, no Lee Strasberg Institute, em Nova Iorque, e com o dramaturgo André Lepecki.
Trabalhou com os coreógrafos e encenadores Joaquim Benite, João Garcia Miguel, Lúcia Sigalho, Francisco Camacho, Vera Mantero, Sílvia Real, Madalena Victorino, Rui Nunes, Aldara Bizarro, Paula Castro, Bruno Cochat, João Galante e Ana Borralho, entre outros.
Dos seus trabalhos destacam-se o Projecto Re(existir), um trabalho de formação e criação desenvolvido durante sete anos com reclusos do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco (2000-2007); a colaboração durante seis anos com Idoia Zabaleta, com quem criou “Dueto”, “Bicho eros un Bicho” e o livro Bicho; “Íman”, criado no âmbito do Projecto Nu Kre Bai Na Bu Onda, com jovens do bairro da Cova da Moura (2007-2009); “A Viagem”, espetáculo estreado em 2011 no Festival Materiais Diversos, que tem vindo a ser realizado desde então com diferentes grupos folclóricos, em Portugal e no estrangeiro.
Para além deste, os seus espetáculos “Espiões” (2016) criado em colaboração com Francisco Camacho, Sílvia Real e Miguel Pereira, o solo “Partilhas/Exchanges” (2019) e “Nu Meio – Bailão” (1996), cocriado com Bruno Cochat, continuam em circulação.
Em 2019 e 2020, apresentou no Festival Todos o espetáculo “Aqui”, cocriação com Bruno Cochat, Ricardo Freitas e jovens do Nepal e de Portugal.
Em 2021/22, desenvolve um projeto artístico e social com jovens migrantes na margem Sul, com a Almada Mundo e Partis & Art For Change, do qual resulta a criação “Tuntunhi”.
É diretora artística da associação Mundo em Reboliço. Faz parte do grupo Periferias Centrais e das redes internacionais IETM e AREA.
“Ao longo do meu trabalho tenho procurado aprofundar uma reflexão e pesquisa em torno da dimensāo social e política da Arte. Ir ao encontro do público e, quando necessário, deslocar o trabalho artístico para espaços que aumentem as possibilidades deste encontro é algo a que me tenho dedicado. Numa das cartas que troquei com a coreógrafa Idoia Zabaleta, (co-criadora da peça “Dueto”) reafirmo esta preocupação e manifesto o meu interesse em trabalhar sobre esta temática: “Se eu pudesse construir um espaço para um corpo se mover, que espaço seria este? Construir um espaço ou utilizar os que existem, colocando-os como cogumelos ou vírus em terrenos baldios, em bairros periféricos, ou ao lado de grandes teatros, parece-me ser um acto interventivo e político” (19 Setembro 2005).”
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