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Tuntunhi, em crioulo de Cabo Verde, tem vários significados, entre eles “enrolar, dar muitas voltas” para chegar a um dado sítio, a uma dada palavra, a algo que se quer dizer. É o que foi feito para chegar a este espetáculo: experimentar, conversar, improvisar… todos juntos, enrolando histórias e saberes, numa caminhada intercultural e intergeracional.
Com direção artística e coreografia de Filipa Francisco, Tuntunhi é um espetáculo criado no âmbito do projeto “Corre Mundos – Transformação pela Art’Inclusiva”, que pretende capacitar o desenvolvimento pessoal, social e comunitário de migrantes e descendentes de migrantes através da arte. Este projeto foi promovido pela Associação Almada Mundo, com o apoio da Câmara Municipal de Almada, e apoiado pelo PARTIS & Art for Change, programa de parceria da Fundação Calouste Gulbenkian com a Fundação “la Caixa”.
A proposta artística do projeto foi unir as pessoas em torno da execução de um espetáculo organizada em três fases: formação dos participantes, criação conjunta e apresentação pública.
No processo foram trabalhadas questões como a construção da confiança no corpo, nos imaginários próprios, na voz ou mesmo na importância da impressão destas vozes pouco ouvidas nas comunidades globais.
“Propomo-nos abordar as histórias, os caminhos percorridos, as viagens do sítio de origem, os objetos-memória dessas viagens exteriores e interiores, como forma de partilha entre todos. Esta é a base comum para a construção de um imaginário que nos leva à criação de movimentos, textos e ações que fazem parte deste espetáculo.”
Tuntunhi é o resultado de quem estas pessoas foram e se tornam em permanente devir. O ser humano em toda a sua plenitude – entrecruzar de passado, presente e olhos postos no futuro.
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